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Abr 2Curtido por Camila e Barbara

Esse texto da Camila me trouxe uma reflexão que está me acompanhando desde que assisti "Anatomia de uma queda". Não sei se vocês mencionaram esse filme nas newsletters posteriores (estou atrasada, porém constante), mas uma das coisas que me surpreendeu, para além da altíssima qualidade do filme e da história contada, foi a reação dos homens com os quais eu convivo. Pela primeira vez na vida eu vi TODOS eles impactados positivamente pelo filme, independente da interpretação que tiveram - isso dá um outro texto só sobre o assunto. Pela primeira vez vi homens admirando a obra de uma mulher sem obrigação nenhuma de gostar ou fingir que se importam. Acho que a maioria nem parou pra pensar que o filme foi feito por uma mulher, preciso investigar essa parte, mas fiquei surpresa e esperançosa com as reações. Será que os espaços que a gente anda ocupando com as nossas histórias estão começando a, finalmente, entrar pra valer na cabeça deles, fazendo-os enxergar coisas que antes passavam batidas?

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Oi Sarah! Ótima reflexão! "Anatomia de uma queda" é um filme brilhante mesmo. Traz a questão de gênero como ponto central da trama e também dos bastidores, com Justine Triet como diretora, além de co-roteirista. A própria chegou a sugerir que o Oscar introduzisse uma cota de gênero, depois de Greta Gerwig, de Barbie, entre outras cineastas mulheres, serem ignoradas na categoria de Melhor Direção. Historicamente, em 96 anos de premiação, só 3 mulheres venceram nessa categoria. Entre a primeira (Kathryn Bigelow, por Guerra ao Terror) e a segunda (Chloé Zhao, por Nomadland), teve um intervalo de 11 anos! Torço para que o amplo reconhecimento de Triet alavanque mais representatividade pra não vivermos de exceções.

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