Pesquisa talks #48: O que estamos fazendo no mundo?
Abrimos 2023 respondendo a essa questão
Por Barbara Heckler e Camila Camargo
Olá! Essa edição vai ser um pouco diferente. Estamos fora do ar até a próxima quinzena, mas não gostaríamos de deixar essa semana com sua caixa de entrada vazia. Por isso, nos propusemos a responder a pergunta que sempre fazemos aos nossos queridos convidados: “Qual seria o melhor resumo do que você faz aqui, no mundo?”. Ulalá, sentindo na pele o desafio da resposta! E você? Quer compartilhar a sua com a gente? Vamos adorar saber! Agradecemos por mais um ano da sua companhia por esse mundo fantástico das newsletters. Bora 2023!
Gosto de pensar nessa resposta como algo mais transitório do que definitivo e fiquei a fim de voltar a ela todo começo de ano.
Aqui e agora, 5 de janeiro de 2023, venho tentando ser o mais fiel possível ao que sou, em todos os sentidos. Pesquisadora também me define bem. Mas se fosse pra decupar um tico a mais, diria que busco criar elos de amor, humor, confiança e coragem nas relações, ser uma boa ouvinte, entusiasta e observadora de pessoas e lugares, cultivar um corpo que sente, entender minha relação com a fé e tudo o que não se vê ou controla, conhecer e honrar meus próprios limites, ser uma companhia gentil e paciente para mim e os outros na hora dos tropeços e aflições. Em uma realidade em que podemos nos comparar o tempo todo, com milhares de pessoas, vivo como quem calibra o GPS pra não ir parar muito longe de mim.
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CAMILA pesquisa
Desde pequena me reconheço como uma pessoa pé no chão. Que elabora e dialoga racionalmente assuntos que precisam ser tratados como tal. Lembro de dizer verdades sobre machismo aos meus pais, quando nem tinha idade para entender o que era feminismo. Apenas, tinha uma noção sobre injustiça e não me calava. Acho que carrego essa característica em mim até hoje. Mais velha, passei a ponderar quem gostaria ou não de ouvir verdades - tem gente que curte se iludir, por mais que me seja estranho. Aos íntimos, não guardo palavras medianas. Com meu marido, o qual tem a mesma linha de pensamento, não à toa estamos juntos, temos conversas dificílimas, na maioria das vezes, de forma muito racional e direta. É extremamente construtivo e crescemos como ser humano.
Uma outra parte que muitas vezes enxergo como “o que estou fazendo no mundo” é criar pontes. O meu trabalho de pesquisadora não deixa de ser isso, trazer uma pessoa potente ao encontro de um bom projeto. É emocionante quando esse match dá certo, por experiência ou intuição. Para além de trabalho, conectar pessoas com propósitos em comum ou complementares me dá um prazer imenso. Gerar laços. Acho esse um bom resumo.
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BARBARA usa sua afeição em criar pontes para ser uma boa pesquisadora
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